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Inicie a aula com uma provocação: Vocês já se imaginaram como cientistas? O que eles fazem? Como eles chegaram lá?

O quanto ciências, matemática, tecnologia e engenharia tem a ver com cada um de vocês? Quem aqui já se imaginou seguindo esse caminho?

Ele pode não ser fácil, especialmente para mulheres e outros grupos marginalizados nessas áreas de atuação há muito tempo.

Para colocarmos a mão na massa e experimentarmos como é ser criativo e inventivo, vamos nos inspirar pela história de duas mulheres cientistas: uma se chama Katheryne Johnson e a outra Laysa Peixoto.

Passe o trailer do filme Estrelas além do tempo, filme que se passa durante a Guerra Fria em um Estados Unidos permeados pela segregação racial e que conta os grandes e importantíssimos feitos de três mulheres negras que foram essenciais para a corrida espacial, em curso entre este país e a União Soviética: Katheryne Johnson, Mary Jackson e Dorothy Vaughan.

Caso você tenha tempo disponível, passe o filme todo para os estudantes em momento anterior a este ou peça que assistam em casa. 

Após o trailer traga o foco para os aspectos da Guerra Fria, segregação racial e o machismo presentes no filme e nos livros de História que - quase - nunca citam mulheres e também compartilhe com eles a história de Katheryne Johson. Nós utilizamos o capítulo sobre ela no livro As cientistas: 50 mulheres que mudaram o mundo, mas é possível encontrar artigos na internet sobre essa matemática que calculou as rotas de entrada nas missões espaciais da Nasa.

Para trazer a vida de cientista para um lugar mais próximo aos estudantes, também contamos a história de Laysa Peixoto, atualmente com 19 anos, estudante de escola pública e que descobriu um asteroide em seu próprio computador e foi fazer um treinamento na Nasa em 2022. Para isso utilizamos trechos de uma entrevista concedida por ela a Forbes https://forbes.com.br/forbes-tech/2022/05/exclusivo-brasileira-que-descobriu-asteroide-fala-sobre-a-ida-a-nasa/ e também compartilhamos com eles o perfil dela nas redes sociais, onde ela compartilha seus estudos, rotina e suas experiências na Nasa.

Após esse momento, finalize essa etapa instigando-os ao mão na massa com a provocação: Imagine que você pudesse construir um artefato que transformasse insegurança em curiosidade, coragem, determinação. O que seria? Como seria?

Provoque-os para o Mão na Massa: interajam com os materiais disponíveis, se deixem levar pelo apetite das mãos ao explorarem os diferentes materiais, o que surge daí? Qual sua invenção?

Como mencionado anteriormente, disponha os materiais em kits (costumamos separar os materiais estruturantes e de composição em uma cesta e os materiais conectivos e os eletrônicos em outra, menor).

Os estudantes podem trabalhar individualmente ou em pequenos grupos, como se sentirem mais à vontade.

É comum que no início eles travem nessa exploração com os materiais, incentive-os que se deixem levar, testem as diferentes possibilidades de conexão entre os materiais, se inspirem em produções dos colegas.

Aos poucos os estudantes vão encontrando seus próprios caminhos de criação e alguns se interessam pelos eletrônicos, ao perceber esse movimento, dê um suporte para que eles liguem o motor e o LED. O interesse de outros estudantes por essas possibilidades com os eletrônicos se espalha rapidamente.

Conforme as invenções forem aparecendo, comece a instigar a narrativa que construirão levando em conta a provocação: Qual o poder que sua invenção tem em transformar insegurança em coragem? O que ela faz?

Esse momento do Mão na Massa pode ter de 30 min à 1h15, mais ou menos, tudo depende do tempo que há disponível no seu cronograma. Lembre-se de avisá-los sobre o tempo que terão antes do início da etapa.

Dica - Rascunhos tridimensionais!

É importante ressaltar aos participantes da Roda de Invenções que as invenções não precisam de fato funcionar, que são, no fundo, rascunhos tridimensionais. Valorizar o processo de criação e as narrativas que irão surgir a partir dessas criações é o mais importante nessa proposta.