Inicie essa proposta provocando os estudantes a pensarem “Até aqui, nas aulas de História, Língua Portuguesa, Ciências… quantas foram as mulheres citadas? E se pensarmos em mulheres indígenas e negras, para onde vai esse número?”
A partir das respostas obtidas, faça perguntas que comecem com:
O que aconteceria se ...? Como por exemplo: O que aconteceria se as mulheres tivessem os mesmos direitos que os homens desde sempre?
Como seria se ...? Como por exemplo: Como seria se as mulheres tivessem assumido cargos de poder e posições de liderança desde o fim do Império no Brasil?
O que mudaria se ...? Como por exemplo: O que mudaria nas nossas vidas se não tivesse havido a escravidão no Brasil?
O que seria diferente se ...? Como por exemplo: O que seria diferente no seu dia a dia se a voz das mulheres negras fossem ouvidas assim como de homens brancos?
Essa Rotina de Pensamento estimula a criatividade ao colocar o inesperado/inimaginável como possibilidade de discussão e reflexão.
Escute uma ou duas respostas para cada uma delas - não há necessidade de utilizar todas, dose conforme a participação da turma e tempo disponível - e peça que algum aluno faça os registros das respostas que forem surgindo. Isso pode ser feito na lousa, com as perguntas impressas e distribuídas entre os grupos ou, caso possível, em um arquivo digital compartilhado com o restante da sala na TV ou projetor.
Para ampliar repertório, selecione mulheres que se destacaram na luta pelos direitos e contra violências e estereótipos de suas épocas.
Sugerimos:
Chica da Silva, Ruth de Souza, Liberata, Antonieta de Barros, Mãe Menininha, Dandara. Quais outras mulheres você conhece, professor/a?
Divida a turma em grupos de 4 alunos e peça que cada um leia/pesquise sobre uma delas.
Dica - Dica para o/a professor/a:
Pense nas perguntas de acordo com suas demandas como professor/a: focando na questão indígena, na questão de populações marginalizadas, no racismo, na demora das mulheres brasileiras conseguirem ter acesso a direitos como o voto, o divórcio, etc..
Provoque-os para o mão na massa: Conhecendo essas histórias, de mulheres que viveram em diferentes períodos da história do Brasil, reflita como os preconceitos, estereótipos e violências permanecem e quais direitos foram conquistados.
Distribua os materiais (folhas, material para desenho, papel alumínio, LEDs e baterias, fita adesiva) e coloque a proposição: Ilumine desafios atuais da nossa sociedade a partir de pensamentos e ideias dessas mulheres incríveis que viveram em diferentes períodos da história brasileira. Faça desenhos, esquemas ou escreva frases de protesto e escolha pontos estratégicos para inserir leds que destaquem a mensagem a ser transmitida. Construa por trás do cartaz circuitos elétricos com papel alumínio e baterias para ligar os LEDS.
Dica - Dicas para o/a professor/a se preparar:
Para realizar circuitos elétricos no papel, se aproprie do conteúdo: https://www.catalisador.org.br/biblioteca/guias-de-praticas/gdp-curta-esse-circuito-raio-x-da-tecnologia-meus-circuitos/. Nesse link há todo um material que explica como realizar circuitos no papel utilizando papel alumínio, LEDs e baterias, principalmente a partir da página 26.
Também consulte esse vídeo https://www.youtube.com/watch?v=oCF6_vTOjiQ e este material https://www.tinkere.org.br/circuitos-no-papel.
Para compartilhar as produções organize uma exposição interativa:
Disponha todas as causas iluminadas em uma parede/mural da escola e disponibilize LEDs, baterias e fita adesiva para que os estudantes de outras turmas acrescentem pontos de luz às mensagens que mais se identificam.
Isso pode ser feito no intervalo ou ainda, organizando horários com outros professores/professoras, para que cada sala seja recebida pelos autores, receba um resumo de qual foi a proposta e, assim, interajam com as produções.
Neste momento, os LEDs serão acesos em uma ligação direta com a bateria, como na imagem abaixo:
Avaliação Reflexiva
Nesta proposta a avaliação pode conter dois enfoques diferentes. Caso você seja professor/a de Ciências, utilize a Rotina de Pensamento Partes, Propósitos e Conexões para tornar visível os aprendizados dos estudantes sobre circuitos elétricos.
Faça as seguintes perguntas:
- Quais são as suas partes? Quais são as peças ou componentes desse sistema?
- Quais são seus propósitos? Quais são as funções de cada uma das partes que compõem esse sistema? Por que elas tem esse formato e são feitas desse material específico?
- Quais são suas conexões? Como as partes se conectam entre si? Como se relacionam aos propósitos desse sistema? Como essas interações acontecem?
Você pode deixar livre para que façam listas das partes dos circuitos, de seus propósitos e conexões, ou ainda desenhem e façam as explicações a partir do desenho.
Saiba mais em http://www.agencybydesign.org/sites/default/files/PARTES%2C%20PROPO%CC%81SITOS%2C%20COMPLEXIDADES_final.pdf (conteúdo em português)
Caso seu foco, professor/a, seja na habilidade de História, a avaliação reflexiva pode ser realizada com o suporte da Rotina de Pensamento Partes, Perspectivas e Eu. Assim como a apresentada anteriormente, ela se baseia no entendimento de um sistema, contudo, traz maior relevância para os diferentes atores envolvidos, seus pontos de vista e a relação de cada um (eu) nesse sistema. Na proposta aqui apresentada, o sistema em questão pode ser o patriarcal e o racismo estrutural, por exemplo. Sobre eles, pergunte:
- Quais são suas partes? Quais são os atores envolvidos?
- De quais perspectivas é possível ver esse sistema? Pensando nos principais atores listados: como cada um vê e se relaciona com este sistema?
- Como você está envolvido? Quais conexões você tem com esse sistema? Quais suposições, interesses ou circunstâncias pessoais moldam a maneira como você o vê?
Saiba mais sobre essa Rotina em: http://www.agencybydesign.org/sites/default/files/PARTES%2C%20PERSPECTIVAS%20E%20EU_final.pdf
Da mesma forma que a anterior, essa Rotina pode ser registrada no papel, com post-its ou esquemas/desenhos, ou ainda, ser realizada em ferramentas digitais, como uma apresentação, Jamboard ou Padlet.
